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CALIBRAR O MONITOR

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Tente distinguir todas as zonas de transição correspondentes às letras de A a Z

sábado, maio 9

EGO WHIST

Os poetas gastaram-nos as palavras pelas ruas, meu amor

nada no peito deles pede água.

Escuta, por isso, os novos rumores que trouxe para ti.


O poeta é um fingidor.

Basta de palavras como pássaro, orvalho ou madrugada

basta de cartas de amor. Sobretudo as ridículas.

Basta do sal que são lágrimas de Portugal

e da vontade que nos ata ao leme.


Nem bússola nem âncora.

Pintemos com os tons fortes do cianeto.


E já te disse: os poetas estão gastos.

Trata-os como a fedelhos

vai-lhes ao cu, dá-lhes conselhos

manda-os apanhar chuva oblíqua.

Que saiam e vão ver soprar

uuuuh o vento lá fora.


Não ponhas paisagens

com mulher e mar ao fundo.

Põe Chernobyl.

Entretemo-nos depois a recolher os pedaços do mundo.


Escuta, por isso, os novos rumores que trouxe para ti:

São feitos das palavras rudes que conheço

O poeta que há em mim é movediço


Fora disso, sou burgesso


Poema: Mosaico - João Habitualmente


Outros poemas de João Habitualmente: (1 2 3)


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Mais uma performance poética na sala polivalente do CCC, em Torres Vedras, promovida pelos agora denominados EGO WHIST, desta vez com o virtuoso guitarrista RUBEN MONTEIRO.

Actuação enquadrada no CICLO TRADICIONAIS E AFECTUOSOS, uma parceria entre a LIVRODODIA e a COOPERATIVA DE COMUNICAÇÃO E CULTURA.


O VÍDEO - THE VIDEO

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