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CALIBRAR O MONITOR

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quinta-feira, março 25

E agora? A vida continua a luta (*)


Que triste sina a de tantas gerações, acostumadas a encarar a morte como deplorável consolo para uma existência em que os prazeres efémeros se pagam com as piores infelicidades. Mas, ao mesmo tempo, que verdadeiro milagre da natureza humana o facto de, sob o tédio da sobrevivência e a corrosão dos pensamentos mortíferos, subsistir ainda um fermento de vida que aspira a desabrochar na alegria de um mundo enfim reinventado!
Raoul Vaneigem

Nós somos soberanos e os verdadeiros detentores do poder político (Artº 108 da Constituição da República Portuguesa).

O ideário republicano assenta na construção de um projecto colectivo que permita a plena liberdade individual e a valorização de uma cidadania forte, crítica, esclarecida, participativa, e responsável. Cidadãos emancipados são o maior garante da democracia. Por isso, a sua mobilização e empenhamento cívico, a todos os níveis, são decisivos a uma República moderna. E esse é um dos mais nobres deveres daqueles que têm responsabilidades políticas (todos: eu, tu, ele, nós, vós, eles): activar e reforçar quotidianamente a capacidade dos cidadãos para construir possibilidades de vida colectiva, imaginários e sentidos mobilizadores da Cidade (polis).

1) Transportar, literalmente, um imaginário ligado à exuberância juvenil de jovens sobreviventes e um espaço cívico e cultural regido pela inquietação e o combate pela dignidade, para o palco do Teatro-Cine. A cena será lugar para a crescente irreverência juvenil até ao (limiar) do caos e da destruição, pelo meio alguns cenas pontuam o espectáculo com ironia e energia genuínas, havendo sempre um lugar especial reservado para o imprevisível.

2) De simples actores passivos e de jovens estigmatizados pelas forças securitárias como marginais, estes adolescentes e jovens adultos metamorfoseiam-se no palco em agentes criativos revolucionários, oferecendo à sua cidade uma outra visão de si mesmo, uma visão crítica e corrosiva, mas cujo imaginário latente nos remete para os ideias da república e dos direitos humanos.

3) Mais do que um espectáculo encenado para “epater le bourgeois” pretende-se criar uma erupção civil contagiante no seu apelo à “realização da democracia económica, social e cultural e ao aprofundamento da democracia participativa...”

APARECE E LUTA, A VIDA CONTINUA...




Direcção artística: Ana Mathiotte & Rui Matoso

Co-criação (pessoal lá da sala): Mário, Buba, Pastylhas, Carolina, Mariana, OM, Mbor, Viper, Bboy, Bayk, Maduro, Maria, Garrido, Meca.

Direcção Teatro-Cine: João Garcia Miguel
Direcção de produção: Cristiana Vaza
Produção executiva: Glória Alves
Direcção técnica: Tiago Gomes
Técnico de som: Paulo Vieira
Técnico de palco: José Manuel Arsénio

Artistas Convidados / Coaching (residência): Alberto Lopes, Manuel João Vieira, Miguel Moreira, Rui Gato.

Amigos / Cúmplices (participantes na residência): Ana Rosa Abreu, André Valério, André Trindade, Hugo Miguel Coelho, Maria Manuela Fonseca, Miguel Lopes, Rita Pimenta, Rafael Matos, Sara Ribeiro.


(*) Nota: um espectáculo subordinado ao tema "República", integrado no ciclo "Portugal e a Memória". MAIS INFORMAÇÕES AQUI.
Outros contactos: BLOG OFICIAL

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