Lembro-me perfeitamente daquele dia. Estava sol, uma melodia ao cimo da rua, não se sabe bem porquê... e que importa? A melodia acontece quando tem de acontecer!
Trazia comigo a minha Musteck, a câmara digital de que mais gosto para situações discretas, a seguir ao telemóvel ultima geração que ainda não comprei nem quero comprar.
Já tenho saudades daquela maquineta, que agora vive estripada numa gaveta qualquer cá de casa... Foram três disparos certeiros! Sem ver, sem ser visto. Com a máquina escondida na palma da mão, apenas a objectiva espreitava por entre os dedos.
É a chamada fotografia instintiva...
Dá muito jeito em situações complicadas, embora não fosse própriamente o caso...
É a chamada fotografia instintiva...
Dá muito jeito em situações complicadas, embora não fosse própriamente o caso...
Mas também pode ser um excelente exercício, uma forma de libertação. Muita da arte contemporânea vive dessa atitude descomprometida, desse gestualismo libertador, porque revelador do mais profundo do ser...
Das três fotografias fiz um quadro. Como se de uma única fotografia em três fotogramas se tratasse... As fotografias não devem viver sozinhas... Tornam-se independentes da vida, e isso não é bom.
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